quinta-feira, 10 de abril de 2014

Tomara Que Eu Nunca Cresça

Hoje vou deixar a poesia para comentar algo que observei domingo.

No último domingo eu percebi que havia muitos adultos no voo. Gente mais adulta que eu, muitos dos quais mais novos que eu.

Por que eu digo que são mais adultos qyue eu? Porque percebi que todos estavam sentados olhando pra frente ou lendo algum livro, fazendo cruzadas ou somente dormindo, enquanto somente eu e as crianças a bordo olhávamos pela janela, admirando as nuvens e as arvorezinhas e casinhas e riozinhos lá em baixo.

Sou adulto sim, mas quero ser eternamente criança, se só as crianças apreciam a beleza das nuvens a partir da janela de um avião, se só as crianças gostam de ver um arcoiris duplo na vertical bem ao lado de sua janela, se só crianças gostam de observar o chão chegando na hora do pouso.

Quero ser eterna criança, mas o que eu quero mesmo é viajar num aivião em que os adultos fiquem olhando pela janela; em que os adultos sejam capazes de contemplar o belo.

Porque de que adinata voar como os pássaros se nos comportamos como bibliotecárias sisudas nos policiando o tempo inteiro para sermos ou parecermos adultos.

E quando eu viar novamente, a menos que haja comigo uma criança que o seja na idade, meu lugar é junto à janela.

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