domingo, 27 de abril de 2014

Plantação de Algodão

Nessa interminável plantação branquinha que vejo aqui de cima
Vejo um sopro de esperança
Para as verdes plantações lá em baixo
E para os sonhos que planto em mim.
Na forma de chuva esperando para cair
Na forma de conquistas que estão por vir.
Aquele que planta as nuvens que chovem sobre as plantações
Planta realizações ao que planta sonhos.
E eu sonho e luto por meus sonhos e torno a sonhar
Daqui de cima contemplando essa interminável plantação de algodão.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Brincando de Aldravias

Vi no Jornal Hoje e resolvi tentar.

A apresentação em Portugal foi na Academia de Letras e Artes. Andrea Leal, uma das líderes do movimento, explica o que é o estilo. “A aldravia são seis versos vocabulares. Ela não é uma frase, é um vocábulo em cada linha. Tem que colocar o máximo de poesia com o mínimo de palavras”.
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/04/estilo-aldravista-usa-o-minimo-de-palavras-para-fazer-poesias.html


Viagem                                             Sozinho                                           Noite    
Tempo                                              Escuto                                            pensamentos  
Família                                            Chico                                               Você     
Saudades                                         Penso                                              Lembrança     
Voltando                                          Mundo                                            Certeza      
Logo                                                Imenso                                            Amor     





Ansiedade                                       Horas                                               Boca      
Expectativa                                    Minutos                                            Olhos             
Eu                                                 Dias                                                  Corpo
Diplomata                                      Cotidiano                                          Sorriso             
Tomara                                         Tédio                                                Tu
                                                                                                              Paixão
                                                                                                   

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Arte

A lua que nasce no mar, mas nasce do meu pincel;
O amor nasce no peito, mas nasce da minha pena;
A dor nasce da saudade, mas nasce da minha flauta doce...
A arte faz brotar a vida. A vida faz nascer a arte...
E do casamento da arte com a vida, nasci eu, poetinha de pena manca, pintor e desenhista bisexto, flautista de sopro suave.
E nasces tu com teus talentos e tua arte,
Nasce cada um com seus sentimentos e seus jeito pessoas de expressá-los.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Aurora

Edição feita no celular - desculpem os erros.

Poema que caiu em minha prova ontem

Amar, amar, amar, amar siempre,
Con todo el ser y com la tierra e con el cielo,
con lo claro del sol y lo oscuro del lodo;
amar por toda ciencia y amar por todo anhelo.

Y cuando la montaña de la vida
nos sea dura y larga y alta y llena de abismos,
amar la inmensidad que és de amor encendido
¡y arder en la fusión de nuestros pechos mismos!

Rubén Dario. amo, amas <www.los-poetas.com>

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Tomara Que Eu Nunca Cresça

Hoje vou deixar a poesia para comentar algo que observei domingo.

No último domingo eu percebi que havia muitos adultos no voo. Gente mais adulta que eu, muitos dos quais mais novos que eu.

Por que eu digo que são mais adultos qyue eu? Porque percebi que todos estavam sentados olhando pra frente ou lendo algum livro, fazendo cruzadas ou somente dormindo, enquanto somente eu e as crianças a bordo olhávamos pela janela, admirando as nuvens e as arvorezinhas e casinhas e riozinhos lá em baixo.

Sou adulto sim, mas quero ser eternamente criança, se só as crianças apreciam a beleza das nuvens a partir da janela de um avião, se só as crianças gostam de ver um arcoiris duplo na vertical bem ao lado de sua janela, se só crianças gostam de observar o chão chegando na hora do pouso.

Quero ser eterna criança, mas o que eu quero mesmo é viajar num aivião em que os adultos fiquem olhando pela janela; em que os adultos sejam capazes de contemplar o belo.

Porque de que adinata voar como os pássaros se nos comportamos como bibliotecárias sisudas nos policiando o tempo inteiro para sermos ou parecermos adultos.

E quando eu viar novamente, a menos que haja comigo uma criança que o seja na idade, meu lugar é junto à janela.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Quarenta e Quatro

Qual a importância da idade de um homem?
E pra que se faz essa inútil contagem de tempo?
Fala-se em vigor da juventude e experiência da maturidade...
Mas vejo meninos jogados num canto com telas portáteis lhes servindo de mundo
Não têm metade da energia que me impulsiona a viver o dia.

Quanto a mim, quarentão que sou, pego-me atônito com o mundo que me cerca.
A proclamada experiência não me preparou ontem para o dia que hoje vejo.
E não me dá nenhuma luz sobre como será o amanhã.

Digo, portanto, sou jovem, se juventude é vigor
E não me chame de maduro, se maturidade é sabedoria
Pois me conheço o suficiente para não me julgar sábio.
Busco a sabedoria como buscava quando menino
O pouco dela que encontrei me diz que ainda há muito por achar

Então 44 é apenas um número que nada diz sobre quem eu sou
Quem seu sou proclama-o meu amor pela vida, por meus filhos, por minha amada...
Quem eu sou proclama-o minha vontade de viver, meu sorriso e minhas lágrimas
Quem eu sou só saberás se me conheceres de perto.
Bem de perto.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Se Eu Te Der um Beijo

Se eu te der um beijo,
Me beijarás de volta?
Se eu te amar,
Terei também o teu amor?
Se a ti eu me entregar,
Serás pra sempre minha?

Pergunto só por perguntar.
Pois posso sentir o desejo em teus beijos,
Sinto o calor de teu amor
E tenho a mais doce certeza
De que eternamente te tenho e te pertenço.

Música Crepuscular


DOminado pelo tempo
REcohe-se no horizonte
MIsteriosamente lindo
FAzendo das nuvens fogo.
SOLta-se um suspiro,
LAmentam-se as aves
SIlenciosamente aninhadas.
DOrme o mundo - acordo-me eu

Nobre Animal


Desenho retirado do google imagens
Nobre e valente animal eu te saúdo
Saúdo a tua nobreza vista nas formas esculpidas de tua cabeça
Na marcha cadenciada, no trote e no galope
Na maneira como lideras tua manada nos prados em liberdade
Cumprimento a contribuição ao desenvolvimento de nossa história
Humanidade que deu um salto quando te associaste a nós
Louvo a lealdade com que conduzes um humano sobre o manto da terra
Em toca de uns poucos carinhos, um abrigo e alimento
Nobre animal eu te agradeço
Não por teres servido a meus antepassdos
Não por teres conduzido a humanidade em teus costados
Agradeço a ti e a todos os teus irmãos
Por me dares inspiração
Por saber que o animal contido por arreios
Encilhado, selado, espoerado
O animal que por vezes conduz uma carroça ignóbil
Não perde sua nobreza
Não perde seu porte
Porque tua essência equina
Encontra-se além de freios, cabrestos e rédeas
Tua essência jamais deixou os campos
As pradarias
Assim como eu, funcionário público, burocrata
Em minha essência, no cerne de meu ser
Serei sempre um poeta
E meu coração sempre correrá ao lado do teu
Em alguma verdejante campina

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Catedral


Toda a grandiloquência das catedrais
As curvas harmoniosas de Niemeier
O concreto, os anjos, os vitrais
O ambiente solene e silencioso

Nada disso rivaliza com o maior dos templos
O coração humano

terça-feira, 1 de abril de 2014

Comenta aí.

Já notaram que meus poemas não se encaixam no que se costuma char de poema?
Poucas rimas (quando há alguma), métrica inexistente, ...
Queria saber de meus leitores se meu estilo pode permanecer assim, ou se preferem que eu lapide mais os meus versos.

Comenta aí, vai.